Advogada do PR usava parlatório para entregar celulares a membros do PCC em cadeia, diz investigação; entenda o que é
Promotor fala sobre investigação que levou a prisão de advogada no Paraná A advogada Jessica Aparecida Barroso dos Santos é suspeita de usar o parlatório ...
Promotor fala sobre investigação que levou a prisão de advogada no Paraná A advogada Jessica Aparecida Barroso dos Santos é suspeita de usar o parlatório dos presídios para entregar celulares para detentos que são membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela foi presa durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá, no norte do Paraná. A defesa de Jéssica informou que vai provar a inocência da suspeita. Veja a nota na íntegra abaixo. 🔎Parlatório é um espaço dentro dos presídios onde os advogados ou visitas conversam com os detentos. É neste espaço que a defesa consegue, por exemplo, atualizar sobre o andamento do processo. Em alguns parlatórios, advogado e detento ficam separados por uma estrutura. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maringá no WhatsApp O g1 apurou que a entrada de celulares no presídio era feita por um pequeno espaço que existe na grade que separa a visita do detento, na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM). Este espaço é, na verdade, destinado para entregar documentos que o detento precisa preencher, por exemplo. Para passar o aparelho, eram escolhidos modelos menores. Segundo o comunicado do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Jéssica cobrava R$ 5 mil por cada entrega de celular. Advogada foi presa durante a operação Parlatório nesta quinta-feira (13). MP-PR Em vídeo divulgado pelo MP-PR, o promotor Marcelo Gobbato explicou que a investigação iniciou em setembro, a partir de uma denúncia da direção da PEM. As câmeras de segurança, conforme o promotor, gravaram Jéssica entregando os aparelhos. A advogada possuía o registro ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desde julho de 2022. Ela é investigada por praticar crimes como integrar organização criminosa, ingresso ilegal de aparelhos telefônicos em estabelecimentos prisionais e lavagem de capitais. A prisão é temporária, com prazo de 30 dias que pode ser prorrogado. A OAB do Paraná foi procurada e informou que "assim que tomou conhecimento da prisão da advogada, determinou a suspensão preventiva da profissional". Leia também: Repercussão: Casal devolve criança adotada no Paraná e é condenado Investigação: Mulher sai para trabalhar, não volta e é procurada há quatro meses Trânsito: Comerciante morre em carro destruído após batida com caminhão Operação cumpriu mandados em Maringá, Sarandi, Paiçandu, no norte do estado, e em Paranavaí no noroeste. MP-PR O que a defesa da advogada diz sobre o caso "Informamos que todo o conteúdo até aqui noticiado sobre o caso, ainda está sob investigação do Gaeco, a saber, a instituição é competente o suficiente para garantir, ao final, o que de fato ocorreu. Conforme consta dos autos, há supostos indícios de envolvimento da investigada em atos incompatíveis com a função do Causídico que, em suma, trabalha para comprovar e fazer ser aplicada a justiça. Não acreditamos na culpa da indiciada e, diante das investigações, associado ao conjunto probatório a sustentar o processo, iremos provar a inocência dela e o que de fato possa ter ocorrido. Mais que isso, acreditamos na lisura da entidade que está investigando o caso e ressaltamos que acreditamos na justiça, como ela e feita e no resultado das ações, tanto do Ministério Público, como dos investigadores entre outras autoridades incumbidas de desvendar a questão, nesta senda, restará provada a inocência da Indiciada. Ainda não tivemos acesso a todo o material produzido pela investigação, entretanto, cremos na inocência da Investigada, visto que ostenta reputação ilibada, sem motivos para especulação ou julgamento precoce. Notadamente estamos ao lado da justiça e iremos constrangê-la até que emerja das profundezas do mar de duvidas, assim desfazendo as sombras que pairam sobre o caso, revelando com clareza o nítido brilho das certezas, perfazendo a aplicação da justiça", disse o advogado Edenil Martins Correa." VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Norte e Noroeste.
